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A ANSIEDADE COMO EMPECILHO NO PROCESSO EDUCACIONAL

Léo Ricardo Mussi1

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista em DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR.

 

RESUMO – A ansiedade trata-se de uma reação física relativamente natural do organismo. Uma espécie de instinto, que existe para garantir a sobrevivência do ser humano diante de uma situação de perigo. De certa forma, é importante para a vivência social. No entanto, problemas surgem a partir da desproporcionalidade. Quando a ansiedade torna-se desproporcional, se torna por conseguinte, patológica, e vem a desencadear uma série de consequências e sofrimentos de ordem psicológica, física e social. O presente artigo vem abordar a ansiedade no ambiente educacional, onde o referido transtorno vem afetando quantidades alarmantes de estudantes. Como consequência do empecilho citado, o acadêmico que dele sofre, nitidamente tem seu desempenho defasado, com uma elevada incidência de reprovações, além de comumente apresentar uma dificuldade generalizada em seus estudos. Ao longo do presente projeto, será contextualizado o termo em pauta, além de ser apresentada uma análise dos sintomas e principais causas do problema. São também apontadas formas e meios de lidar com tal situação.

PALAVRAS-CHAVE: Ansiedade. Desempenho Escolar. Empecilho Educacional.

 

ABSTRACT - Anxiety is a relatively natural physical reaction of the organism. A kind of instinct, which exists to ensure the survival of the human being in the face of a dangerous situation. In a way, it is important for social living. However, problems arise from disproportionality. When anxiety becomes disproportionate, it becomes pathological, and it unleashes a series of psychological, physical, and social consequences and sufferings. This article addresses anxiety in the educational environment, where the disorder is affecting alarming numbers of students. As a consequence of the cited obstacle, the scholar who suffers from it, clearly has its performance lagged, with a high incidence of reprobations, and usually presents a generalized difficulty in his studies. Throughout the present project, the term in question will be contextualized, as well as an analysis of the symptoms and main causes of the problem will be presented. There are also ways and means of dealing with such a situation.

KEY WORDS: Anxiety. School performance. Educational impediment.

 

1- INTRODUÇÃO

Sentimento de ansiedade para McReynolds (1965) “é parte intrínseca da condição humana. É uma resposta natural a determinados fatores ambientais e psicológicos”. Logo, até certo grau a ansiedade é importante e necessária para a vida social como uma espécie de mecanismo fisiológico de defesa, inerente a condição humana.

No entanto, quando o nível de ansiedade se mostra desproporcional, esta torna-se patológica, trazendo como consequência uma significativa quantia de sofrimentos de ordem emocional e social. Nesse momento, ao invés de auxiliar como mecanismo fisiológico benéfico, a ansiedade – em seu grau de patologia – contribuí para o estremo oposto, ou seja, torna prejudicada a capacidade de tomada de decisões.

Tal transtorno tem trazido muitos problemas no ambiente escolar. Devido a sua sintomatologia, que prejudica o contato social e a concentração, pode ocorrer uma queda vertiginosa do rendimento do acadêmico, inclusive aumentando os índices de evasão por desistência.

Conforme pesquisa recente, divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os estudantes brasileiros são os mais ansiosos do mundo. Conforme o resultado da pesquisa, no momento de passar por testes, mais de 80% dos estudantes demonstram sinais de ansiedade, mesmo quando estão suficientemente preparados para as avaliações.

O famoso “branco”, ao realizar uma avaliação, ou apresentar um trabalho, os tremores, a voz que fica fraca, embargada ou falha fronte a audiência, são clássicos exemplos que ilustram algumas das dificuldades que surgem quando a ansiedade ultrapassa a seus limites saudáveis, e torna-se patológica.

Ao se preocupar, partes do cérebro que são responsáveis por processar o medo e a ansiedade, supõe pelos estímulos que estão recebendo que o corpo está em risco. Devido a isso, são liberados hormônios que elevam os batimentos cardíacos e aceleram a respiração – o que gera a taquicardia e a hiperventilação das crises de ansiedade – inibem o sistema digestivo, e aumentam a sudorese no intuito de impedir um possível aquecimento excessivo do corpo. De forma sucinta, o cérebro prepara o corpo para lutar ou fugir.

No entanto, muitos são os tratamentos que vem sendo elaborados para o controle da ansiedade. Tais técnicas, podem ser utilizadas para reduzir a tensão e controlar o referido transtorno em ambientes de muita tensão – como o ambiente acadêmico.

 

2- DESENVOLVIMENTO

O presente projeto se apresenta como uma atual discussão acerca da ansiedade no ambiente educacional, e a forma como tal patologia afeta de maneira significativa a rotina e a vida de indivíduos com esse distúrbio, além de apresentar úteis informações acerca das possibilidades de tratamento.

A metodologia utilizada se pauta no levantamento de dados bibliográficos acerca do tema, sendo estes amplamente coletados das fontes respeitáveis que puderam ser encontradas.

2.1- BREVE CONCEITUAÇÃO DE ANSIEDADE

A palavra ansiedade, segundo Graeff e Brandão (1996) tem sua origem na palavra grega Anshein, que significa de forma literal sufocar, estrangular, oprimir. No entanto, o estado emocional representado por ela não é tão simples.

A maior dificuldade em descrever tal transtorno, é por ele atuar em partes do cérebro que são responsáveis por emoções, e não pela racionalização, ou pela fala. O que dificulta, por sua vez, que tal transtorno seja descrito em detalhes.

Com relação aos efeitos emocionais da ansiedade, D’Avila e Soares os enumeram:

 

1. É um estado emocional, com a experiência subjetiva de medo ou outra emoção relacionada, como o terror, horror, alarme, pânico; 2 A emoção é desagradável, podendo ser uma sensação de morte ou colapso iminente; 3. É direcionada em relação ao futuro. Está implícita a sensação de um perigo iminente. Não há risco real, ou se houver, a emoção é desproporcionalmente mais intensa; 4. Há desconforto corporal subjetivo, (...) aperto no peito, na garganta, dificuldade para respirar (...) (D’AVILA E SOARES, 2003, P. 107)

 

Segundo Graeff e Brandão (1996) desde o início do estudo sobre este transtorno, ainda na Grécia antiga, a experiência subjetiva era constantemente relacionada com sintomatologias corporais. Foi apenas com o neurologista Sigmund Freud, já no fim do século XIX, que estes transtornos começaram a ser encarados como patologias psicológicas.

Essa primeira geração de neurocientistas, na qual Freud se encaixa, desbravou a investigação e a observação dos comportamentos do cérebro, buscando ampliar uma avaliação neuropsicológica.

A Ansiedade e o medo, para Santos e colaboradores (2003), são originados das reações de defesa dos animais, que podem ser observadas como respostas aos frequentes perigos encontrados nos ambientes em que vivem. Dessa maneira, ao se deparar com uma possível ameaça ao seu bem-estar ou a sua sobrevivência, o organismo desencadeia uma sequência de respostas comportamentais e neurológicas que compõe a reação de medo. Dessa forma, para Graeff e Brandão, (1996, p. 110), “em circunstâncias onde o perigo é apenas potencial, havendo portanto, um componente de incerteza teríamos a ansiedade” restando esta então, caracterizada principalmente pela falta de proporcionalidade entre a reação do indivíduo e o estimulo a este apresentado.

 

2.2- OS PRINCIPAIS GATILHOS DA ANSIEDADE

Conforme explicitado anteriormente, a ansiedade de forma simples e proporcional, nada mais é do que uma reação natural do organismo. Um mero instinto de sobrevivência, desenvolvido para forçar o ser humano a reagir frente ao perigo.

No entanto, quando ultrapassa o padrão da normalidade, passa a ser essencial uma análise dos sintomas, para que se possa efetivamente diagnosticar o referido distúrbio, que pode afetar todas as diferentes faixas etárias da vida humana.

No que tange a ansiedade infantil, é de suma importância obter um detalhado histórico aceca do início desta, para que se possa identificar os possíveis fatos que a desencadearam, bem como analisar o desenvolvimento desta na criança.

De maneira geral, desde o instante em que este transtorno resultar em prejuízos para o indivíduo em razão dos comportamentos de esquiva e fuga de importantes situações como em sua vida acadêmica, profissional ou social, torna-se definida como patológica.

Por si, a ansiedade patológica, aparenta depender da interação entre fatores precipitantes do ambiente, e predisposição. A predisposição se determina majoritariamente pelas experiências traumatizantes que a pessoa possa ter sofrido durante o desenvolvimento de sua personalidade. Os fatores ambientais, por sua vez, podem variar, servindo de gatilhos que desencadeiam uma crise.

Os fatores cognitivos, nos seres humanos, de forma geral, passam a ter uma relevância acentuada, que advém de fatores inerentes a própria capacidade deste de viver em sociedade, ao ser exposto o tempo todo a fatores tanto verbais quanto não verbais. Podemos dizer que “desse modo, as causas mais comuns de ansiedade no se humano deixam de ser ameaças concretas para se situarem em plano mais abstrato e complexo, onde predominam fatores socioculturais.” (GRAEFF E BRANDÃO, 1996, p. 111).

Dessa forma, podem haver casos observados em que a ansiedade não se demonstra “visível”, por não se existir um componente externo a motivando, mas sim algo que está enraizado na psique do indivíduo.

Segundo Zimbardo (2002) a meritocracia excessivamente valorizada na atualidade, estimulando a competição e a realização meramente pessoal, são agravantes fatores que aumentam a incidência desse transtorno. Nesse prisma, os indivíduos se forçam a alterar seus padrões para corresponder às expectativas de outrem, em uma busca por aceitação, enquanto temem a desvalorização e a rejeição.

Narra o pesquisador Johnson (1998) que as expectativas do mercado de trabalho acerca dos novos profissionais vêm exigindo cada vez mais a necessidade de uma solidificada formação acadêmica, motivo este pelo qual tal ambiente (acadêmico) se torna tão exauriente aos alunos. A pressão posta em cima destes, advinda de uma necessidade futura, alavanca a sensação de perigo, e com ela, a ansiedade.

2.3- SINTOMATOLOGIA DA ANSIEDADE AFUNCIONAL

Alterações fisiológicas intensas seguem junto dos padrões comportamentais da ansiedade. A pressão arterial, a frequência cardíaca, a tensão da musculatura e até mesmo a transpiração sofrem pesadas alterações, sendo assim usadas nas tentativas de medir o grau de ansiedade de um indivíduo. No entanto, conforme já mencionado, tais medidas são relativas, haja vista a singularidade de cada indivíduo, e suas possíveis respostas diferentes aos estímulos. Na análise clínica, utilizam-se essas alterações como indicadores de ansiedade, que unidos aos sintomas subjetivos, podem caracterizar o distúrbio de ansiedade.

Dentre os sintomas, de origem somática, narram Brandão e Graeff (1996) a ocorrência de intensa dor de cabeça e dor lombar, derivadas do aumento da tensão muscular; palpitação, derivada dos fortes e rápidos movimentos do coração; sudorese emocional, principalmente nas extremidades, como mãos e pés; sufocamento, com sensação de bolo na garganta, derivado do aumento da tensão na musculatura do pescoço; além da falta de ar e tontura, estas últimas, derivadas da hiperventilação.

Em meio aos sintomas psicológicos, destacam-se a hipervigilância, a dificuldade de concentração, a impossibilidade de conciliação do sono, além dos sentimentos intensos de apreensão e antecipação de infortúnio – o “medo futuro”.

 

2.4- A influência da ansiedade no desempenho escolar

Para Ladeira e Cruz (2007) a ansiedade é o produto fruto da ativação de um reflexo saudável chamado medo. Tal reflexo se responsabiliza pelo processamento dos estímulos ativados por situações de perigo apresentadas no ambiente. Conforme dito, determinadas “doses” de ansiedade são cogentes para a sobrevivência das espécies. Entretanto, se o indivíduo demonstra apresentar tais efeitos de maneira exagerada (afuncional), seu desempenho será efetivamente “prejudicado frente às várias situações que ele terá de enfrentar tais como provas, entrevistas, relacionamento dentre outras.” (SOARES e MARTINS, 2010).

A ansiedade fronte ao público para Zimbardo (2002) prejudica diretamente a atuação da pessoa. Dessa forma, a avaliação que esta sofrerá também exercerá influência em sua autoavaliação e em sua patologia.

Alunos que desenvolvem a ansiedade patológica apresentam severas dificuldades na apresentação de seminários, debates ou qualquer outro projeto que envolva a exposição; sentem dificuldades de expor seus questionamentos em sala de aula e dificilmente conseguem demonstrar a necessidade de ajuda. Como consequência, seus desempenhos acadêmicos tendem a ser abaixo da média, seu índice de reprovação tende a ser elevado, além de o acadêmico comumente ter dificuldade com as escolhas profissionais – ou até mesmo levando a desistência dos estudos.

Duarte e Oliveira (2004) em sua pesquisa na Universidade Católica de Goiás, demonstraram que os analisados descreveram temer situações nas quais fossem necessárias interações de qualquer tipo com seus professores. Fosse para avaliações orais, realizar questionamentos durante as aulas, ou até mesmo exigir direitos, o excesso de ansiedade era perceptível e prejudicial a todos eles. Para estes alunos, a figura do professor já havia se tornado, ao decorrer de suas vidas, a representação de eventos punitivos, e não reforçadores.

O temor apresentado pelos pesquisados, nas relações com os docentes, apenas ratificam a visão de que a coercitiva interação destes, gera apenas um comportamento estreito, tornando o indivíduo resistente à novidades, com verdadeiro medo de explorar aquilo que foge de sua zona de conforto.

O receio de ser ridicularizado, fracassar ou até mesmo ser punido, diminuem a iniciativa do indivíduo, impedindo que este seja exposto a novas experiências, que bem poderiam alterar a aprendizagem estabelecida anteriormente.

Para Duarte e Oliveira (2004), as principais características da ansiedade que podem influir na aprendizagem e no efetivo desempenho do aluno são a tensão, a incerteza e a apreensão com relação ao futuro. O sistema de notas utilizado, comumente arrasta o aluno para uma competição pelo sucesso, através do desejo de ser valorizado e reconhecido pela sociedade.

 

2.5- REDUÇÃO DA ANSIEDADE NO AMBIENTE ACADÊMICO

De acordo com a psicóloga Sanches (2010, p. 52) “quando estamos nervosos ou ansiosos não pensamos com a mesma clareza e é fácil focarmo-nos apenas nos aspectos potencialmente negativos”. O excesso de rigidez no pensar, possibilita o aumento potencial dos níveis de ansiedade, influenciando neste estado a forma na qual pensamos.

Alcançar a compreensão sobre os pensamentos negativos, identificar suas causas e buscar a substituição destes por outros positivos, se torna essencial para a diminuição dos níveis de ansiedade.

Por outro panorama, podem-se buscar métodos avaliativos mais adaptativos, que possam realizar uma avaliação de experiências, que valorizem as evidências cotidianas de aprendizado, reduzindo assim o medo de críticas e rejeições que advenham de situações avaliadoras traumáticas.

De outra forma, do ponto de vista biológico, o descanso de qualidade, de forma a evitar o esgotamento físico e a estafa mental, bem como a realização de dosadas atividades físicas – principalmente de ordem aeróbica – garantem uma maior oxigenação no cérebro, reduzindo as possibilidades e efeitos de uma possível crise. Além desses fatores, deve ser obviamente observada a qualidade da alimentação do indivíduo, que deve estar ao menos minimamente balanceada, além de sua rotina, que não deve expô-lo com tanta frequência a situações estressantes. Tais fatores influem no Sistema Nervoso Central, tendo consequências na concentração e, por conseguinte, no desempenho dos acadêmicos.

A prática da respiração diafragmática, além do relaxamento muscular, são poderosas ferramentas pra diminuir os níveis de ansiedade e aumentar o desempenho acadêmico. Em uma pesquisa de Oliveira e Duarte (2004), esses procedimentos foram usados nos momentos cotidianos que representavam claras situações de tensão e ansiedade. No grupo estudado pela pesquisa, foram observadas significativas mudanças. Os participantes relataram experienciar sensações de bem-estar e serenidade, advindas das praticas de respiração diafragmática e relaxamento.

Desde a antiguidade, as terapias de relaxamento se mostram extremamente funcionais no tratamento de diversos problemas de saúde, como fadiga, pressão alta, e etc. Tais técnicas são o de mais funcional que é tido no momento no combate a ansiedade, por serem o suficiente para reduzir os níveis de ansiedade, afastando seu estado. Tal fato ocorre pelo relaxamento dissipar a energia física e psicológica que respondem ao gatilho desencadeado, interrompendo assim o ciclo de retroalimentação das crises de ansiedade.

De acordo com Pereira (2008) as formas de relaxamento se diferenciam conforme a situação, tendo-se resultados nos dois níveis de relaxamento – físico e mental.

O relaxamento progressivo, técnica de Jacobson desenvolvida em 1934, foi a primeira técnica especificamente criada para a redução e tratamento da ansiedade. Trata-se de um longo relaxamento físico e muscular, que por conseguinte estimula e contribui para o relaxamento psicológico. Tal técnica, inclusive, se mostra benéfica no meio acadêmico, pois auxilia na quietação do sistema nervoso, inibindo as respostas prejudiciais dos gatilhos da ansiedade.

Para tal, o indivíduo deve aprender a compreender as sensações associadas a tensão muscular, reconhecer os níveis dessa tensão, e aprender a relaxar tal musculatura, no aprofundamento do relaxamento.

Outra ferramenta de grande auxílio é a música. Um estudo de McKinny (1997) concluiu que ouvir músicas reduz os níveis de endorfina – níveis estes que são aumentados pelo estado de ansiedade, e em excesso são agressivos ao sistema nervoso. Tal pesquisa aponta a música como um contraposto a ansiedade, no que tange seus efeitos biológicos, sendo esta uma excelente aliada no controle da patologia.

 

3- Conclusão

torna-se claro que a ansiedade é uma reação instintiva e natural do organismo, essencial para a sobrevivência do indivíduo em determinados ambientes, e responsável pela reação do ser humano frente ao perigo. No entanto, ao exceder os níveis considerados normais, passa a gerar um grande desconforto, tornando-se um estorvo na vida do indivíduo que dela sofre.

Atualmente no ambiente acadêmico, tal transtorno tem afetado uma ampla quantidade de indivíduos, causando uma nítida baixa em seus desempenhos educacionais e uma alta nos índices de reprovações – além é claro dos casos de desistência e abandono dos estudos.

Cada indivíduo é singular. Dessa maneira, se faz essencial que cada um busque por ajuda, descobrindo e aprendendo as técnicas que mais sejam eficientes em seus casos concretos, de forma que os níveis de ansiedade apresentados deixem de ser prejudiciais em suas vidas.

É necessário conhece-la, e aprender a controla-la. Em médio e longo prazo, a pratica regular de atividades físicas, a prática de exercícios de respiração e relaxamento, além do controle da rotina, se mostram de extrema eficiência no controle e combate da ansiedade.

Existem várias formas de manifestação da ansiedade, e cada indivíduo é único, e reage de maneira diferente ao transtorno. Dessa maneira, não há nenhuma fórmula genérica e única que possa resolver o problema.

O presente projeto expõe algumas estratégias e alternativas que visam diminuir os impactos negativos que decorrem deste problema. No entanto, resta evidente a importância da continuidade da discussão acerca desse assunto. Apesar dos esforços e avanços nas recentes pesquisas que buscam melhor compreensão e melhores formas de tratamento do transtorno, fica nítido que ainda há muito a ser explorado.

 

4- REFERÊNCIAS

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SOARES, Adriana Benevides, MARTINS, Janaína Siqueira Rodrigues. Ansiedade dos estudantes diante da expectativa do exame vestibular. Paidéia (Ribeirão Preto). v.20, n.45, jan./abr. 2010.

 

 

1 Advogado e Psicanalista. Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior e em Psicologia Clínica. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.